199 "... a alta burguesia possui os arquétipos, trabalhados por artistas e artesãos qualificados em materiais nobres; a média e pequena burguesia consomem produtos do mesmo tipo, mas banalizados pelos processos repetitivos da produção industrial e pela qualidade inferior dos materiais. Apresenta-se como estilo 'moderno', isto é, de 'moda'. Como a indústria acelera o tempo da produção, é preciso acelerar o tempo do consumo e da substituição. A moda é o fator psicológico que desperta o interesse por um novo tipo de produto e a decadência do velho."
202 "[...] É fácil observar, porém, que, no desenvolvimento hitórico do Art Noveau, o elemento ornamental perde progressivamente o caráter de um acréscimo sobreposto à conformação funcional ou instrumental do objeto (tectônica), inclinando-se a adequar o próprio objeto como ornamento e assim se transformando de superestrutura em estrutura. A funcionalidade (o útil) se identifica com o ornamento (o belo), porque a sociedade tende a se reconhecer em seus próprios instrumentos."
202 "[...] É fácil observar, porém, que, no desenvolvimento hitórico do Art Noveau, o elemento ornamental perde progressivamente o caráter de um acréscimo sobreposto à conformação funcional ou instrumental do objeto (tectônica), inclinando-se a adequar o próprio objeto como ornamento e assim se transformando de superestrutura em estrutura. A funcionalidade (o útil) se identifica com o ornamento (o belo), porque a sociedade tende a se reconhecer em seus próprios instrumentos."
Argan, Giulio Carlo. A Arte Moderna, Companhia das Letras, SP, 1992
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