Em todas as partes, indiferença bárbara e grosseiro egoísmo de um lado e, de outro, miséria indescritível;
E a cidade se apresenta centro das ambições para mendigos ou ricos e outras armações. Coletivos, automóveis, motos e metrôs, trabalhadores, patrões, policiais, camelôs.
em todas as partes, a guerra social; a casa de cada um em estado de sítio; por todos os lados, pilhagem recíproca sob a proteção da lei; e tudo isso tão despudorada e abertamente que ficamos assombrados diante das consequências das nossas condições sociais,
O de cima sobe e o de baixo desce.
aqui apresentadas sem véus, e permanecemos espantados com o fato de este mundo enlouquecido ainda continuar funcionando.
Na escala em que, nessa guerra social, as armas de combate são o capital, a propriedade direta ou indireta dos meios de subsistência e dos meios de produção, é óbvio que todos os ônus de uma tal situação recaem sobre o pobre.
Ô Josué, nunca vi tamanha desgraça, quanto mais miséria tem mais urubu ameaça.
Ninguém se preocupa com ele: lançado nesse turbilhão caótico, ele deve sobreviver como puder. Se tem a sorte de encontrar trabalho, isto é, se a burguesia lhe faz o favor de enriquecer à sua custa, espera-o um salário apenas suficiente para o manter vivo; se não encontrar trabalho e não temer a polícia,
Cavaleiros circulam vigiando as pessoas, não importa se são ruins, nem importa se são boas.
pode roubar;
E quem era inocente hoje já virou bandido pra poder comer um pedaço de pão todo fudido.
Banditismo por uma questão de classe.
pode ainda morrer de fome,
Peguei o balaio fui na feira roubar tomate e cebola, ia passando uma véia e pegou a minha cenoura: "aí minha véia, deixa a cenoura aqui, com a barriga vazia não consigo dormir". E com o bucho mais cheio comecei a pensar.
caso em que a polícia tomará cuidado para que a morte seja silenciosa para não chocar a burguesia.
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