segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

amenidades

só há duas coisas que o homem não erra: o próprio nome e a privada, se lhe convém. outro dia me deram uma "lembrancinha" de viagem. engraçado como materializamos tão fácil nossa mente. o cara tem uma loja de lembranças. dizer "troco lembranças por dinheiro" me parece muito confortável hoje em dia. tanta coisa que queremos esquecer e ainda nos pagam por isso. não deve ser fácil, no entanto, para este senhor proprietário de uma loja que vende pedaços de sua mente. os estoques não esgotam. ele está sempre relembrando o que foi vendido. e conforme os negócios vão bem, novas lembranças chegam. cada vez mais complexas, árduas, luminosas, sonoras e coloridinhas. não posso nem imaginar o trauma que esta pobre alma sofreu.

algum dia eu disse que esse blog cultivava uma estética do desespero, ou coisa que o valha. mudei de ideia. o que eu faço aqui está mais para uma poética da digressão aleatória. não que isso seja melhor ou pior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário