quarta-feira, 28 de setembro de 2011

"primeiro foi um cachorro de lingerie, depois um cara decapitado sorrindo, por mais perturbador que isso seja. qual vai ser a próxima?"

acordei com meu coração batendo num ritmo estranho, almost like skipping a heart beat. por 7 anos de merda eu ouvi essa escavadeira ligada. as chaves batendo no cinto de Barney, o enfermeiro/carcereiro. talvez essa seja uma profissão ingrata. enfim. eu sei que sou louco, sempre fui louco. gostava de imaginar Dorothy correndo pela entrada do rancho, com um coelho pendurado pelos pés em sua mão, o pescoço frouxo indicando nosso jantar. é claro que isso nunca aconteceu. mas minha Dorothy era real. podia fazer combinações aleatórias? mas quem pode? não, minha Dorothy não. ela não era aquela moça apressada do corredor. ela veio pra mim a tira-colo. uma ótima surpresa. começou como uma verruga e me consumiu o quadril. ao fim da guerra, Dorothy já havia brotado e me livrado de um bom peso. o bom de se ter algo como a Dorothy por perto é que nunca estou só. nunca mesmo. as vezes sonho que estou indo encontrá-la e quando chego ao local combinado me deparo comigo mesmo conversando com ela mesma que esteve o tempo todo em meus ombros. e ela sempre está olhando pra mim. nos olhos.

"já reparou como suas histórias sempre têm um personagem central ou muito importante a quem você fica se referindo o tempo todo?"

a árvore. o capim. a maçã. a maça. o solstício. a dor. o pedir. o querer. a cruz. a jóia. a coluna. as colunas. a água. foto. som. cor. álcool. o grito. a música. amor. você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário