domingo, 4 de julho de 2010

Foi ontem, broder!

Ontem tentei esmagar minha cabeça com minhas próprias mãos. Talvez seja impossível, como esses testes de tentar lamber o próprio cotovelo. A questão é que hoje eu acho que conseguiria. Foi ontem também que eu vi o Clark Gable pela primeira vez em "...E o vento levou". Aquele bigodinho de tarado e o sorrisinho de malandro no pé da escada não me encantaram como eu esperava. A questão é que, hoje, eu acho que deveria viver nos anos da Guerra de Secessão americana porque assim meu bigode ralo e minha presunção inócua, de quem acha que sabe muito, me daria um final honrado em algum filme dos anos 1930. Isso tudo com cobertura de lembrança até os anos 2000 como galã intocável de Hollywood. Não, eu não quero opção com batata frita, nem assada: limpe sua bunda com isso. Foi ontem, também, que eu sentei a lastimar meus insucessos e minhas desditas, por mais intelectualóide que isso soe. O problema é que, eu, hoje, continue nessa vibe, por mais perdedor que isso pareça. É isso aê, Gaê! [se me permite usar seu santo nome para uma ridícula rima que lima o ridículo coração que segue feito de migalhas]. Ontem parece mais interessante que hoje.

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