sexta-feira, 8 de abril de 2011

Conflituosidades de situações atravessadas

1.
-Ela foi lá reclamar, viu?
-O que?
-Ela foi reclamar! Você atropelou ela com esse carrinho aí!
-Ué! Era hora do meu almoço...
-Por isso vai atropelar a mulher?!
-Ué! Era hora do meu almoço! Eu tava com fome, fí!
-Num tem nada a ver! Tem que respeitar os clientes!
-Tava com fome, fí! Era hora do meu almoço, num to nem aí não, fí...
2.
Esses muleke ouvindo funk no fundo do busão tá foda. Puta alienação! Idiotice! Putaputaria...
Cultura legítima, cultura legítima...
conversa fiada...
Conversa afiada?
é! Da sua mãe!
3.
Mas os anão são anão porque nascem pequenos ou por...
Cala boca...
Não...qual é o critério
-Científico?
-Isso
4.
A:-Acho que não tem nada a ver isso daí! Dalí desenhava essas fita por nada. Chegou em casa..."vou desenhar qualquer coisa!" e boa!
B: -Mas, veja, não importa. De qualquer forma, mesmo o aleatório está dentro da história. Ou então, mesmo sob efeito de drogas, todo tipo de representação artística, por mais irreal - aceitando uma concepção tradicional de real - dispõe, necessariamente dos elementos historicamente existentes na cultura do indivíduo que a realiza. Necessariamente ela parte de uma estrutura mental compartilhada. Todas as relações simbólicas tem como motivo, ao menos em alguma medida, referentes socialmente compreensíveis.
A: -To ligado
C: -Peraí... eu num sei se dá pra relacionar de forma tão direta coisas tão distintas entre si mesmas?

Um comentário:

  1. Nossa.. Sem querer estragar o anonimato do post, no 4, o A parece muito o Batata falando e o B muito o Arthur respondendo haha =P..

    Mas gostei da idéia "...mesmo o aleatório está dentro da história." E que para falar em irreal, primeiro precisa se aceitar uma idéia de real. Que bem, no caso, vc mencionar a conecepção tradicional. Mas, de certo maneira, as vezes, podemos até pensar que o surrealismo pode ser o real, e o mundo o irreal só para distorcer as coisas huahaha.

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