terça-feira, 16 de novembro de 2010

Prometeu que seria a última vez, olhou ao redor, tentou rememorar, sem sucesso, onde estava, saiu do quarto sem dizer uma palavra, tentou passar despercebido, mas teve que dizer dois bons dias antes de encontrar a saída, encarar a rua e tomar um rumo.
Ficou passeando por esquinas aleatórias, sem esperança, apenas pelo prazer de andar durante uma manhã nublada. Não havia nem um bar, um que fosse, pelamordedeus, aberto.
Um ônibus, dois ônibus, parou de contar, passavam pelo ponto em estava sentado. Encarava os passantes para poder dizer bom dia, agora estava mais disposto, queria tirar as pessoas do isolamento matinal, provavelmente prolongado dia afora, fosse pelo trabalho, pela procura deste, pelas ilusões de um dia melhor, pelas desilusões com o momento.
Tempo vai, tempo vem, desistiu. Deixou-se levar pelas horas dos relógios espalhados pelos homens no mundo enquanto apreciava, com calma e alegria, o vagar das nuvens, suas amigas e familiares, que seguiam os caminhos dos ventos para, logo mais, logo menos, dissiparem-se.

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